Nos anos 60, quando iniciava sua jornada
para concretizar a Doutrina do Amanhecer, Tia Neiva teve os primeiros
desdobramentos nos quais manteve contato com seres de outro planeta.
Em seu livro “2000 - A Conjunção de Dois
Planos”, o Mestre Tumuchy nos relata a primeira viagem que Koatay 108
fez a Capela. A bordo de uma nave cheia de instrumentos, Johnson Plata a
conduziu ao “Planeta Monstro”, assim denominado por ser muitas vezes
maior que a Terra e, por sua posição atrás do Sol, estar invisível aos
observatórios físicos. Johnson Plata explicou que aquela bela bola
luminosa, colorida, era composta por quatro mundos diferentes e
separados. Um deles chamava-se Umbanda, que significa “Banda de Deus” ou
“Lado de Deus”, e era parte pura do planeta. Outro era CAPELA, que
significa “Última Espera” ou “Guarnição do Nicho de Deus”. Ali vivem os
seres a quem chamamos “Cavaleiros de Oxosse”, seres físicos que têm
importante função na Terra, e se apresentam desmaterializados.
Os habitantes de Capela são gente como
nós, espíritos ocupando corpos físicos, moleculares, mas sua composição é
diferente da nossa. Presidem os destinos da Terra desde épocas
pré-históricas, tendo como missão a espiritualização dos terráqueos.
A passagem de Capela no seu perigeo -
ponto mais próximo da Terra - irá ocasionar catástrofes gigantescas,
desencarnes em massa, destruição de grandes cidades, elevação das águas
dos oceanos pelo derretimento das geleiras das regiões polares, que
emergirão imensas áreas, afundando montanhas e formando novas
cordilheiras na explosão das forças telúricas. Essas transformações
engolfarão a Humanidade, e, para que o Homem possa resistir e sobreviver
a essa grande mutação na Terra, que mudará climas e determinará
modificações orgânicas, os Capelinos trabalham junto a nós, muitos
encarnados na Terra, humanos como nós, outros no plano etérico, como
nossos Mentores ou Guias Espirituais.
Tia Neiva ficou surpresa ao ser apresentada a um Capelino, chamado Stuart, a quem sempre conheceu como nosso querido Tiãozinho.
Assim, os Capelinos tentam mudar os
rumos da Humanidade na Terra, instruindo espíritos que aqui voltam a
reencarnar, auxiliando os desencarnados nas Casas Transitórias, atuando
como missionários encarnados, ensinando, protegendo, amparando o Homem
em sua jornada de volta ao Planeta-Mãe.
Os espíritos que se comunicam conosco
são seres físicos, lidam com processos materiais, diferenciados,
portanto, dos processos dos espíritos e têm uma tarefa a executar.
Utilizam nossa mediunidade e também fazem suas projeções de Capela,
diretamente, ou de espaçonaves – as amacês (*).
Segundo Emmanuel (Amanto): "Há
muitos milênios, um dos orbes de Capela, que guarda muitas afinidades
com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus
extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo
aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco,
terrestres, relativamente às transições esperadas na Nova Era, neste
crepúsculo de civilização. Alguns milhões de espíritos rebeldes lá
existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das
penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes. Mas uma
ação de saneamento geral os alijaria daquela Humanidade, que fizera jus à
concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos. As
grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberaram,
então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes, no
crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e
nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e
impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.
Foi assim que Jesus recebeu, à luz do Seu Reino de Amor e de Justiça,
aquela turba de seres sofredores e infelizes. Com a Sua palavra sábia e
compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da
consciência pelo cumprimento dos deveres de Solidariedade e de Amor, no
esforço regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta
que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito de Sua
misericórdia e da Sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas
santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e
prometendo-lhes a Sua colaboração cotidiana e a Sua vinda no porvir.
Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um
mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática
do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre;
andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura;
reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o
paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos e muitos séculos
não veriam a luz suave de Capela, mas trabalhariam na Terra, acariciados
por Jesus e confortados na Sua imensa misericórdia."
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