Desde tempos remotos, atravessando as
eras mitológicas, nos chega a idéia de um lugar, uma região subterrânea
para onde iam as almas daqueles que não tinham praticado o bem em suas
existências terrenas, e, assim, enquanto o corpo físico apodrecia em seu
sepulcro, a alma estaria condenada a ficar prisioneira, eternamente
sofrendo suplícios e dores terríveis naquele chamado Hades pelos gregos,
Tártaro pelos romanos e Inferno pelos católicos e pelos protestantes.
Segundo instruções dos
Espíritos de Luz, não existe qualquer local, em nenhum dos planos
espirituais, especialmente destinado a castigar os espíritos sem
evolução, os demônios.
Sabemos da existência das
cavernas, um território que tem como autoridade um espírito das
Trevas, onde são escravizados espíritos de baixo padrão vibratório, que
são barbarizados pelos seus algozes enquanto não chega o momento de
serem socorridos pela Espiritualidade Maior, quando atingem uma
consciência da necessidade de seu progresso espiritual. Essa idéia de
caverna é a que mais se aproxima da do inferno, dirigido por Satanás ou
Lúcifer, com os seus serviçais, os diabos ou demônios, em eterno
tormento dos maus espíritos.
O que podemos classificar como “inferno”
é o sentimento que cada um espírito tira de suas atitudes e livre
arbítrio, inerentes à sua condição evolutiva. Acostumamos com a idéia de
que o inferno está dentro de nós mesmos, pela consciência que temos de
nossos erros, de nossas maldades, de nossas traições. Cada um de nós
traz em sua consciência as bases de sua felicidade ou de sua desgraça.
Por atos impensados, por sua
infidelidade, pela inveja, pela maldade e pelo ciúme, o Homem sofre as
conseqüências do afastamento de seus Mentores e Guias, dos Espíritos de
Luz, e, por afinidade, atrai espíritos do Vale das Sombras, que criam,
dentro dele, o verdadeiro inferno, mas que não é eterno, pois, pelo
desenvolvimento espiritual, poderá adquirir conhecimento e modificar sua
energia mental, libertando-se das dores.
Caso desencarne em função de leilão
ou em condições comprometedoras, como, por exemplo, pelo envolvimento em
correntes de baixo padrão, compromissos com espíritos das Trevas, o
espírito pode ser aprisionado em cavernas, porque, após a morte física, o
espírito só se orienta por suas vibrações que, se forem negativas, irão
conduzi-lo para um local que esteja em perfeita sintonia com elas.
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